
Virgolino de Oliveira - assembleia fala sobre recuperação judicial e negociações
A assembleia na Usina Virgolino de Oliveira, nesta quinta-feira, 27 de março, foi bastante movimentada, com muitos assuntos a serem debatidos entre o Sindicato da Alimentação de Catanduva e os trabalhadores.
Um dos temas discutidos foi a Campanha Salarial 2025. De acordo com o presidente do Sindicato, Marcelo dos Santos Araújo, o acordo coletivo termina no dia 30 de abril e precisa ser renovado; caso contrário, não há garantias.
"Por isso, é necessário publicação de edital, fazer assembleia com os trabalhadores. Ou seja, explicamos todos os trâmites previstos na lei", ressalta.
Com relação à participação nos lucros e resultados (PLR), o prêmio será pago até 30 de junho, no valor de R$ 1.000,00 para todos os trabalhadores. Além disso, aproveitamos para citar sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de março que é 4,87%.
"Outro assunto explicado foi o plano de saúde, que seria cancelado em 28 de fevereiro e os trabalhadores ficariam sem. O Sindicato conseguiu negociar e fechamos com o Padre Albino Saúde por mais um ano", afirma.
Ele ainda reforçou os principais itens da pauta, que serão debatidos durante as negociações:
- reajuste com aumento real;
- piso salarial digno;
- ticket alimentação;
- fim da escala 6x1.
Porém, uma nova fase da recuperação judicial foi o principal assunto levado aos trabalhadores, segundo o presidente do Sindicato.
"A recuperação judicial venceu no dia 30 e o Grupo Virgolino de Oliveira busca financiamento de R$ 135 milhões junto ao banco BTG Pactual como uma estratégia para reestruturar suas atividades e garantir a continuidade da produção na Usina Catanduva, em Ariranha. Desse valor, R$ 100 milhões serão destinados para a classe trabalhadora, para quitação de débitos ainda existentes. Aqueles que quiserem receber à vista terão desconto de 30%. Já quem optar por receber parcelado, os pagamentos serão em três parcelas em dezembro de 2025, 2026 e 2027", explica.
Nos dias 14 e 28 de abril, acontece assembleia de credores que pode ou não aceitar esse novo plano.
"Porém, se ele não for aceito, o desfecho é a falência da empresa e ninguém quer isso", cita.